Você está com a sua startup, focado no desenvolvimento e validação de seu projeto e aparentemente tem tudo planejado nos mínimos detalhes, acreditando que todas as metodologias existentes e os dados de suas pesquisas serão suficientes para conseguir alavancar e provar que a sua ideia está certa. Além disso, você acredita que o seu projeto é único e que irá resolver grandes problemas e irá ganhar um bom dinheiro com isso.
Bom, isso seria o melhor dos mundos, mas por experiência própria em meus 10 anos empreendendo e há 3 com a minha startup CONFIRM8, me deparei com um enorme paradigma em que todo o conhecimento obtido não ajudou efetivamente na hora que chegamos ao mercado. De um lado tínhamos a visão, os estudos, o conhecimento técnico sobre o projeto (o projeto é lindo e automatiza todo o processo de vistoria da manutenção), do outro, nos deparamos com opiniões e sugestões dos potenciais clientes que eram muito divergentes da proposta que o projeto nasceu para fazer, por exemplo: pensávamos em oferecer um ERP e CRM para manutenção, pois era o único termo tecnológico que conheciam ou as vezes até entendiam o nosso propósito, mas era necessário incluir novas funcionalidades para que resolvêssemos outros problemas que eles possuiam.
Ficamos em uma encruzilhada, na dúvida se o projeto realmente fazia sentido para às empresas conforme havíamos estudado, ou se nós quem não sabíamos dialogar com o mercado e explicar porque éramos diferentes. Decidimos então apostar no aprimoramento do nosso diálogo, aprendendo a falar a mesma lingua do nosso cliente e utilizando os mesmo termos técnicos e jargões. Conseguimos com isso conhecer de fato as dores mais crônicas e relacionar com a forma de cura-las, chegamos a conclusão de que estas dores se repetiam de forma padronizada no mercado e que poderíamos resolver, mas era necessário aprimorar o produto.
Assumimos os riscos, fizemos a nossa primeira venda cobrando um pequeno valor após a entrega e tomamos uma decisão de remodelar todo o produto para que pudéssemos nos tornar mais eficientes ao resolver os problemas dos futuros clientes. Foi uma decisão difícil, pois isso tomaria um tempo precioso e iria tirar o nosso produto e planejamento dos moldes, mas creio que foi a decisão mais correta a ser tomada, porque com um novo produto baseado nas dores do mercado e somados ao conhecimento que já tínhamos antes de desenvolvermos toda tecnologia, passamos a ter uma visão global de produto, entendendo o mercado e suas necessidades, melhorando não somente o produto, mas principalmente o nosso processo interno e consequentemente as vendas.
A nossa história pode ser em partes, diferente da sua, meu amigo empreendedor, mas aconselho fortemente que encare o seu mercado antes de tentar deixar o seu produto o mais perfeito possível, já ouviu aquela expressão “você precisa saber trocar o pneu com o carro andando?” Pois então, será dessa forma que você enfrentará os verdadeiros desafios e conhecerá mais detalhadamente o que a sua startup realmente deverá melhorar.
A experiência em vender algo criado por você e sua equipe é definitivamente uma das experiências mais compensadoras.
Por isso, bora vender?
Acredito que você já tenha uma porrada de coisas para melhorar por ai 😉
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Puxa, que decisão difícil deve ter sido, pois teve que desapegar de um trabalho já realizado em equipe para fazer mudanças. É fogo desapegar de algo que você criou e deu tanto trabalho. Mas tem que ter maturidade pra encarar como projeto e não como filho. E considerar que se não está bom, melhor mudar, adaptar, melhorar.
Parabéns Otávio e equipe! 🙂
Obrigado Lenah e ainda defendo a idéia de que as mudanças e melhorias devem ser entendidas como um requisito primário de qualquer startup. É bem aquela analogia… se você está enxergando que vai cair, então que caia rolando para não perder o impulso 😉
Bora pras cabeças!
O interessante (ou não) é ler e se identificar rs! Estamos neste momento, produto maduro, a parte técnica sempre quer incrementar algo a mais, e o lado comercial louco pra entender o mercado e achar soluções de venda que possam alavancar o produto. Ótimo texto, parabéns.
Abraços,
Gabriel Lima – epadoca.com